O blog
Balaio Cultural circula por diversos segmentos dentro do universo de cultura. Idealizado pela jornalista Francinne Amarante, o blog traz a agenda cultural de vários partes do Brasil.
No Balaio é possível ler posts sobre shows, peças, exposições,dança,artes plásticas, cinema e literatura.
O Farol 4 Cult conversou com Francinne sobre o uso do blog como canal de comunicação.
Na entrevista ela comenta sobre as facilidades de uso do blog e de como ela aproveitou o espaço para divulgar todo o material que recebia como cd's e livros. Além disso fez algumas observações sobre a linguagem na internet.
Farol 4 Cult: Como surgiu a idéia do Balaio Cultural?
Francinne: ‘Balaio Cultural’ é um programa de TV que apresento, ou melhor, apresento vez em quando, se temos patrocínio.
É complicado. O espaço é caro, e a minha idéia sempre foi divulgar cultura para todos.
Levar uma programação de qualidade, se possível com entrada franca ou a preço popular.
Entrevistas bacanas, cursos em centros culturais, entre outros.
Aproveitando que as pessoas me enviam sugestões de pautas, indicações de cd, livros, poesias. Pensei que precisava fazer algo a respeito. Já que não tinha como colocar todo esse material nas revistas e nos sites onde trabalho, resolvi criar um blog.
F4C: Você já tinha feito algo similar?
Francinne: Divulgação cultural sim. Mas, com a estrutura de blog não.
F4C: Há uma relutância em dar crédito aos blogs? As pessoas ainda confiam mais nos canais de mídia tradicionais?
Francinne: Depende do blog, de quem escreve e de quem lê. Tenho amigos jornalistas que escrevem em seus blogs que são diariamente acessados.
Referente à mídia tradicional, acredito que existe ética em todos os veículos de comunicação. Mas talvez seja uma questão de tempo para uma melhor aceitação de blogs.
F4C: Se não existisse a ferramenta blog? Quais seriam as outras possibilidades dentro da proposta do Balaio Cultural?
Francinne: Tem um site que está em fase de construção. O que é bem mais complicado, devido ao custo e a estética.
Precisaria de uma pessoa para cuidar disso, já que eu não tenho muito traquejo. Apanho até dessa dona web.
O blog é bem mais prático.
F4C: Qual o alcance do blog? Como os internautas respondem ao que é publicado?
Francinne: Eu não tenho como mensurar. Estar na internet é algo gigantesco. É uma ferramenta que está em todas as partes, estamos ligados pela informação imediata. Pela verdadeira e pela falsa informação.
De uma forma positiva, tenho alguns leitores que visitam com freqüência o ‘Balaio’, acho que aos poucos vamos conquistando um espaço.
F4C: Você acha viável usar todos os recursos que um blog pode oferecer, tais como vídeos, hiperlinks, disponibilização de áudio? Ou você acredita que o uso de todo esse aparato pode sobrecarregar o leitor de informações?
Francinne: Eu gostaria de saber usar todos esses recursos. Acho bacana sim.
F4C: O que você acha das normas de texto para o blog com relação à maneira de como se escreve para a mídia impressa?
Francinne: A mídia impressa tem outra estrutura. A linguagem na mídia eletrônica é mais rápida e coloquial.
A informação é instantânea.
F4C: É possível traçar um paralelo com os textos escritos para rádio e tv? Ou é uma linguagem própria?
Francinne: Eu penso que só o fato de serem coloquiais, mas o rádio, a TV e a internet são linguagens diferentes.
F4C: O que os outros tipos de mídia podem aprender com os blogs?
Francinne: A fluidez na informação.
A ausência de “sub-sub-sub” editorias, nada mais do que o necessário para que as coisas aconteçam. Sendo assim, menos desperdício de tempo, dinheiro e lenga-lenga.
Todos precisam ser éticos. O Jornalista, o editor e o dono do jornal, do rádio ou da tv.
F4C: Alguma vez você sentiu o limite das ferramentas usadas? O que você gostaria de fazer no blog, mas ainda não é possível tecnologicamente?
Francinne: Para falar a verdade, eu sinto a minha limitação. Como as coisas andam rápido e precisamos aprender sempre.
Eu ainda não sei utilizar todas as ferramentas que me são oferecidas. Mas preciso aprender.