sábado, 4 de outubro de 2008

O impacto da Crise Financeira Mundial na Cultura


É díficil prever como o mercado financeiro vai se comportar nos próximos meses, logo após a crise no sistema bancário norte-americano. Há pouco espaço para especulações, e a única certeza é de que a economia mundial vai afetar de uma maneira ou de outra o bolso de cada um.

Economistas afirmam que vamos sentir o força da crise somente em 2009. Todos os setores serão atingidos, inclusive a indústria cultural.

Como se percebe boa parte do suporte que viabiliza a cultura vem do meio de empresas privadas. Grandes eventos como shows, exposições, musicais, cinema e outras linguagens artísticas estão intimamente ligados à grandes corporações.

Os maiores festivais de música do Brasil são patrocinados por marcas de operadoras de telefonia celular e marcas de bebidas alcoólicas e refrigerantes; exposições são financiadas por bancos privados, museus e centros culturais funcionam com o apoio de grandes marcas de empresas particulares.

Seguindo a ordem mundial de tomar cuidado com as aplicações, a reação natural dessas empresas vai ser diminuir os gastos que não são prioritários. Logo poderemos sentir que os eventos culturais vão sofrer sérios cortes de investimento.

Como o poder de compra dos consumidores de uma forma geral vai diminuir, as empresas que costumam patrocinar eventos culturais também vão recuar. Os produtores de shows, organizadores de exposições, administradores de museus e centros culturais vão ter que reinventar suas contas.

É certo também que o a lei de incentivo do governo federal também vai diminuir a sua oferta de dinheiro. Estatais como a Petrobrás e o Banco do Brasil que incentiva desde de peças, passando por exposições, cinema e shows podem reduzir seus financiamentos.

Resta saber se alguns desses eventos vão ser cancelados para o próxima ano, ou sofrerão mudanças graves.

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